terça-feira, 19 de agosto de 2008

Tubos de ensaio textura (cascalho, arbusto e pedra)

7.Abril.2008
Digital
2508x1806 1,16MB
No dia que penso ser mundial da Fotografia, eis uma fotografia minha que desafia esta disciplina à abstracção. Nunca acreditei muito no Abstraccionismo (em Pintura), até o estudar em várias formas em História de Arte e ficar apaixonada. Agora, ainda que seja fã, mas não propriamente uma criadora neste campo, diverti-me durante uns tempos a explorar a Fotografia até aos seus extremos, até se perder a sua noção e começar-se a pensar em verdadeira pintura digital, figurativa ou abstracta.
Quando fotografei estes tubos de ensaios fiz uma série de fotografias em que o interesse fossem as texturas, tanto na fotografia em si como objecto final como na experiência a que me submeti.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Um outro poema Sem Sentido [ou] Negligência de Quem Sabe

O bom de não ir ainda para casa
É estar aqui
Aqui a escrever (mas não vou me alongar muito nisto,isto).

A escrever simplesmente,
Ou simplesmente não.
Mas as escrever,
Como crescer, desenhar e criar.
Não, não, não (isto não).

O bom de não ir ainda para casa
É estar aqui
Aqui a gastar páginas.
Não, não, não - nada disso.

O bom,
O bom de estar aqui a escrever
E ainda não ir para casa é
Estar aqui.
Mas estar aqui realmente,
Verdadeiramente,
Surrealmente ou não,
Aqui.

Aqui a deixar? "A deixar o quê",
Perguntam vocês.
Aqui a deixar caminho, mal ou bem,
Percorrido. Se me perguntarem onde
Vou, não sei. Nem sei onde estou
Lá muito bem.
Mas sei que estou aqui,
De alguma forma, aqui.

Aqui, até que as minhas letras
Sempre desenhadas se transformem
Em escrita árabe, ou até onde a minha ignorância vai.

Estou a divagar.
E estou a perder-me do aqui.

Aqui, aqui, aqui, aqui.
O que é aqui?
O que faço aqui?
Porquê perguntar? Se estou a perguntar...

Aqui
(Como é que tudo isto começava?)
O bom de ainda não ter ido para casa
É não estar em casa a matar-me
Lentamente, deliberadamente,
Homícidio premeditado, suícidio premeditado,
Negligência de quem sabe.

O bom de estar aqui
E ainda não ter ido para casa,
Posso até nunca vir a saber,
Porque não saio do mesmo sítio,
Mas ainda assim,
O bom de estar aqui
É estar, de facto, aqui
A fazer esta pergunta

[que talvez um dia nunca fizesse]
Escrito ainda quando a poesia era diferente para mim,
a 3 de Fevereiro de 2008.