segunda-feira, 31 de março de 2008

Orquídeas azuis (no limiar do real) I


30.Março.2008
Digital
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Para já, quero só explicar que não registei o local onde a fotografia foi tirada, como habitualmente faço, porque neste caso não é relevante, como com as fotografias de interior, quase fotografias de estúdio improvisado.
Esta fotografia em particular representa também dois interesses que de repente despontaram em mim. A fotografia abstracta, e isto é quase doloroso para mim, escrever se quer a palavra "abstracta", que se tem revelado num par de fotografias que fiz e que primam pelo contraste, pela sua presença marcante. O outro interesse é a expressividade da cor na fotografia, quase como se fosse uma pintura. E creio que isto, cada vez mais, significa para mim na Fotografia digital, seja qual for o modelo ou a intenção: já que a manipulação é muito importante para este tipo de fotografia, então a expressão que devo lhe dar é quase a de uma pintura.
Poderia então falar muito mais sobre estes dois interesses, e talvez um pouco mais sobre a fotografia, mas já estou a alongar-me demais...
Apenas, apreciem.

sábado, 29 de março de 2008

Duas Coimbras

Coimbra Amarela
Coimbra 24.Janeiro.2008
Digital
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Coimbra I

Coimbra I

Digital

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De facto, parecem duas Coimbras diferentes, ou pelo menos, em dois momentos diferentes. Mas não.

As duas fotografias foram tiradas no mesmo sítio, creio que uma varanda da Universidade de Coimbra, num dos edíficios. É provável, na verdade tenho muita certeza, que tenham cada fotografia tenha sida tirada em lados diferentes da mesma varanda, muito embora no mesmo momento, na mesma altura. Daí a diferença nos tons, nas cores, que acentuei ainda mais quando as manipulei.

Há uma história engraçada à volta desta varanda, e que aconteceu comigo, e também há outras histórias que poderiam ser contadas deste dia, umas mais tristes, outras nem sei. Mas o que me fez publicar estas duas fotografias não foi nenhuma dessas histórias, e apesar de tê-las encontrado perdidas no meu computador há pouco tempo e estas destacarem-se de outras mais que tirei no mesmo dia ser relevante, creio que o que realmente fez com que eu as publicasse aqui foi por ter pensado na Mary.

quinta-feira, 27 de março de 2008

O nosso Primeiro Projecto, meu e da Dê


Entrada I

Ali à sua frente encontravam-se três degraus cobertos de musgo fresco cingidos a uma pequena porta de madeira. Sem saber o que se encontrava por detrás da portela João inspirou antes de prosseguir.

excerto extraído do texto no Desperdício de coisa nenhuma.
Mais uma vez esta fotografia. Mas desta vez por outra razão, uma razão especial, uma razão que não é só minha.

No blog Desperdício de coisa nenhuma está publicado uma estória da autoria da menuna Dê e que teve como inspiração esta mesma fotografia.

Agora que está cumprido este nosso primeiro projecto, das duas, resta só que seja apreciado e resta também o espaço para mais duas novas criações, uma minha outra dela, um desenho e mais uma estória.

E para falar a verdade, apesar de estar envolvida nisto o mais que se podia estar, estando assim eu e a Dê, fiquei bastante surpreendida com o resultado. É de facto um escrito surreal.
Para aguçar:

João caminhava por entre os prados verdes da terra nortenha onde nascera. Conhecia os trilhos e as matas como ninguém mas naquela tarde tudo parecia estranhamente diferente. O dia estavacinzento o que não era de admirar, mas a névoa envolta nas árvores cheirava a mistério, a algooculto e secreto. João sabia que estes pensamentos incomuns eram fruto da sua imaginação e aliás soavam a tolice, nunca acreditara nessas coisas e nem sequer se prendia a aventuras tolas como as dos livros, aliás a sua vida decerto daria um livro mas sem pinta de ficção.

O abraço


Fontelo 18.Março.2008
Digital
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Mais uma fotografia tirada na minha pequena estadia em Fontelo. Já não é a primeira vez que tiro uma fotografia a estes dois meninos abraçados...
A esta fotografia há mais duas que se relacionam, porque estava a tentar fotografar da melhor maneira possível... E esta em particular, que foi a primeira, não foi a que mais gostei na altura, por estar muito escura e ver-se muito pouco deles os dois. Mas depois quando a manipulei no computador e passei a P&B, revelou-se ser de facto a melhor das três. O céu ficou muito bem...

segunda-feira, 24 de março de 2008

Desenhos de hoje [ou Estudos para um projecto]


Quis começar a minha parte de um projecto que estou a desenvolver com a menina do Desperdício de coisa nenhuma. Mas então não resisti em mostrar o que fiz e isto aliado à lacuna da presença de desenhos neste blog, pareceu-me bem publicá-los. Não é nada de especial, na verdade, são pequenos esboços... Nem fiz muitos. E são baseados em cenas do filme Orgulho & Preconceito, de Joe Wright.

sexta-feira, 21 de março de 2008

O resultado de alguns dias em Fontelo (Armamar, Lamego)

Numa espécie de viagem de finalistas, fui com alguns colegas à terra de uma das minhas colegas. Fontelo, que fica em Armamar, que por sua vez fica em Lamego, é uma pequena vila que serviu de inspiração e modelo a algumas fotografias, três das quais apresento aqui.
Não sei se estas são as que mais gosto, mas pelo menos dizem-me alguma coisa...
O descanso do crânio


Fontelo, 18.Março.2008
Digital
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Não há muito a contar desta fotografia em particular, talvez, apenas, que enquanto caminhavamos pelo monte eu encontrei este crânio e quis lhe tirar uma fotografia, não podia deixar passar esse momento em branco, nem sei porquê. Depois de tirar a fotografia procurei uma pedra bonita, com uma vista bonita, a mais bonita possível, e deixei-o lá, para que tivesse um melhor descanso.

Entrada I

Fontelo, 19.Março.2008

Digital

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Num outro passeio, num outro dia, andámos pelas hortas. Andámos e andámos, sem parar e sem saber para onde ir, até que parámos e eu pedi para voltarmos a um sítio de que tinha gostado. E no caminho de volta encontrei esta entrada que me inspirou e que inspirou, ou motivou, ou é uma simples coincidência, mais fotografias a entradas das hortas. Mas esta é especial e especialmente bonita.

Sem título [ou Maria Luz]

Fontelo, 18. Março.2008
Digital
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Quando tirei esta fotografia, e foi das primeiras que lá tirei, gostei mesmo dela. Tem uma particulariedade que me faz gostar dela e de todas as outras fotografias que tenha tirado, em qualquer sítio e em qualquer altura, e que nelas se repete. E isto pode ser melhor percebido se se vir A Luz do Som da Pedra.
Além disto, esta fotografia é especial, e talvez mais por isto, porque agora talvez não goste tanto assim dela, porque esta Maria, a que chamávamos de Santa, não me foi indiferente logo quando a vi.

Dia mundial da Poesia

Hoje é o dia mundial da Poesia.

sexta-feira, 14 de março de 2008

O FEMINISMO ESTÁ A PASSAR AQUI


Bairro Alto, 11.Maio.2007
Digital
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E um pouco de fotografia? Sim,agora sim.
Esta já tirei há algum tempo e fez parte de uma série que se chama "Estranho" e que esteve em exposição na minha escola. Faz parte de um momento importante na minha experiênicia (artística), porque tirei-a e soube tirá-la com os ensinamentos de uma pessoa de quem gosto muito e junto de pessoas também muito boas, muito bons aspirantes a artistas com os quais tinha e tenho esta paixão em comum: a Fotografia.
Esta fotografia mostra bem a minha tendência para acentuar marcadamente o contraste, nas fotografias digitais.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Eu sou uma traça

Se tentar expressar
O que por uma traça sinto
É um medo e vício que não minto.
É um arrepio de horror
E uma atracção de sabor esquisito.

E então sou uma traça,
Nem sei o que faça, nem sei
Porque o repito.
Mas sou uma traça
Que esconde e disfarça...
Já nem sei o que de mim dei,
Já nem sei o que sei,
Já me perdi e já voei.

Então, este é o poema que comecei ontem e que vou por na minha serigrafia. Está um pedacito diferente do que tinha escrito ontem, aqui, mas também tinha dito que ainda estava a trabalhar nele. Não sei se gosto muito do resultado, não sei se me dou por satisfeita. Sei que está bonito, mas não sei qe era essa a minha intenção. Afinal, as traças também não são bonitas.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Poesia e Poética.

Poesia
E poética.

Hoje a poesia esteve em mim,
Como já esteve,
Como está sempre.
Mas hoje exteriorizou-se em poética.

Vi poemas,
Que têm de ser vistos (e não lidos)
E escrevi enquanto caminhava às escuras,
Ouvindo música.
E agora percebi a utilidade dos dedos
Nas mãos que anotam:
Tenho um espaço especial para frases compridas,
Que se não cabem na minha memória,
Cabem na minha mão.

E então escrevi,
Escrevi poética e poesia.
Um começo de um poema para uma serigrafia?
Traça,
É o que tenho a dizer.


Se tentar expressar o que por uma traça sinto,
É um medo e vício que não minto.
É um arrepio de horror
E uma atracção de sabor esquesito.

...

Por isso sou uma traça,
Por mais que disfarça.

É estranho estar a publicar um criação em desenvolvimento, um working poem como eu diria, mas sinto que devo registá-lo aqui. Talvez porque nunca venha a sair da ideia, ou até mesmo do projecto de serigrafia... e não ganhe vida própria. Hoje também dei mais a conhecar a minha poética e a minha poesia, a pessoas a quem pensei que muito dificilmente o faria. E também já dei a conhcer este Caderno e deixei de o esconder.

segunda-feira, 10 de março de 2008

sábado, 8 de março de 2008

Sem a loucura que é o homem?

Louco, sim, louco porque quis grandeza
Qual a sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou o meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Fernando Pessoa
("D. Sebastião, Rei de Portugal", Mensagem)

segunda-feira, 3 de março de 2008

FINALMENTE encontrei os PAULITEIROS

Pauliteiros I


Festa do Avante, 8.Setembro.2007

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Pauliteiros II

Festa do Avante, 8.Setembro.2007
Digital
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Estes meninos foram sem dúvida o melhor que se viu na Festa do Avante desse ano. Gostei tanto que os vi as duas vezes que atuaram, de dia e de noite.

Da vez que tirei estas duas fotografias, de dia, ainda dancei um pouco com uma amiga minha, enquanto eles descançavam mas ainda estava lá o rapaz da gaita-de-foles a tocar. Também aprendi umas palavrinas em mirandês, que ainda sei dizer, mas como não sei escrevê-las não posso registar aqui. No fim da actuação da noite, ainda fomos falar com um dos pauliteiros e ele deu-nos o endereço do blog, mas não devemos ter percebido bem, porque não estava certo.

Mas hoje, finalmete encontrei os Pauliteiros de Miranda na blogosfera! Também, não foi assim tão díficil, encontrei logo pelo Google, nem sei como não tinha conseguido encontrá-los no fim do verão, depois do Avante.

domingo, 2 de março de 2008

Nave Central II - Nas Sombras

Mosteiro de Alcobaça, 27.Fevereiro.2007
Digital
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Como é perceptível pelo nome da fotografia, esta não é a primeira: é uma das maravilhas da Fotografia digital (não que não se possa fazê-lo sendo analógica), podemos fazer as cópias que quisermos, tantas quantas as versões que temos em mente. A primeira versão desta fotografia é bem mais clara, mas eu gosto mais desta é especial, é expressiva. Gosto muito de contrastes e creio que assim acentua a monumentalidade da Igreja.