segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Telhados de Coimbra

Coimbra, 24.Janeiro.2008
Digital
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Amanhã vou a Coimbra - reparei que volto a Coimbra e quase um ano depois.
Vou numa situção diferente. Até que ponto vou diferente? Até que ponto volto diferente.
Quero olhar Coimbra com outros olhos e, mais que tudo, registá-la com outras mãos.
Neste caderno já deixei cá duas outras fotografias de Coimbra (melhores que esta até) e também deixo a sugestão de outra publicação anterior.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Depois do estranho, o absurdo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Gertie


Então apoiava a prancheta no joelho direito, com a mão esquerda a segurá-la pelo bordo superior. Sem qualquer apoio, assentava então o lápis verticalmente na folha e começava a desenhar, de forma que as linhas lhe saíam do ombro, digamos. E tudo ficava ordenado. Se cometia um erro, o que era extremamente raro, deitava fora a folha: ignorava a borracha. Schiele só desenhava a partir da natureza. Eram, essencialmente, os contornos, que apenas adquiriam o seu carácter plástico quando recebiam a cor. Incluía sempre as cores de memória, sem modelo. Heinrich Benesch[1].
Gertie, a minha criação tridimensional sobre a pintura escolhida, teria de nascer da mesma forma que nasciam as criações espontâneas e expressivas de Schiele. Por isso mesmo escolhi esta citação de Benesch que nos descreve como Schiele desenhava, porque a partir dela também posso caracterizar a forma como criei.
(...)
De facto, o instrumento que mais utilizei, e o melhor que podia ter utilizado, foi precisamente a Expressão – expressão pura, espontânea, genuína, intuitiva, sentida.
[1] Citação transcrita de Schiele, de Reinhard Steiner (Taschen), traduzido.

sábado, 6 de dezembro de 2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Vão na corrente pendentes


2.Abril.2008
Digital
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Vão na corrente pendentes... - para quê dizer mais, se o título diz tudo?
Já a imagem, isso é outra coisa. O que tem a dizer, alguém o dirá.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O que ela escreveu um dia

"5 Setembro 2008 - 0H09
Então e os dias em que não escrevo? Onde é que estou? Onde é que fui? Onde é que isto vai parar?
Escreva ou não escreva.
Vivo, adormeço, mal sinto, absorvo, vejo, leio, não sou, sonho, penso, imagino, perco a razão, perco-me, não sei onde estou, estou no mesmo sítio, sempre, e depois acordo por breves instantes, e então? Sou influenciada. E então... Não sou nada.
Afinal não sou nada.
A minha fraca existência, para além da constatação da minha fraca composição corpórea, da minha carne putrífica, não é mais que um seguimento desmedido e incoerente de influências mal pensadas e que no entanto resultam em pensamentos constantes, sonho de alguém que nunca vou ser, porque eu nunca sou.
A minha fraca existência nem isso que pretende ser é.
Eu não sou nada. Talvez ninguém seja alguma coisa, (...) porque só o que está em frente é que as pode fazer serem, por isso quando chegam lá, são."