terça-feira, 8 de abril de 2008

Enfim, tracei

De voltas as traças, mas não com a mesma intensidade porque parece que com o poema da traça encerrei uma relação obsessiva, mas precisamente pelo poema Eu sou uma traça, que por razões (fortes e) de rigor tive de alterá-lo. O poema pode ser lido na sua versão corrigida neste mesmo Caderno, na publicação que já tinha sido feita.
Foi bastante difícil para mim alterar uma criação já acabada, porque tenho outros poemas, por exemplo, que ainda estão em processo, que ainda estão inacabados e eu sei disso, admiti-o e senti-o. Mas este poema, já o sentia acabado... E é por isso mesmo que não altero o Longa e Pronfunda Golfada, poema que juntamente com o da traça e outro que não publiquei aqui, mostrei à minha professora de Português para uma opinião diferente e talvez mais rigorosa. Então, a professora Armanda sugeriu que alterasse um verso no Longa e Profunda Golfada, verso esse que é um pouco longo demais e não é muito fácil foneticamente.
Tudo isto já se passou há alguns dias, mas hoje enfim decidi-me definitivamente como alteraria o Eu sou uma traça. E então achei que o melhor que tinha a fazer, depois de alterá-lo em todos os sítios onde o tinha escrito, era deixar uma nota de aviso, para que não hajam dúvidas.
E tudo isto, tal como a conversa que tinha tido com a professora enquanto analisávamos os poemas juntas, fez-me pensar no processo de criação e na relação que acabámos por ter com as nossas criações e a importância e sentido que lhes damos. Depois de acabadas, já não podemos fazernada por elas, veivem por si próprias, terão espaço para crescerem e voarem sózinhas, às mãos, olhos, compreensão, razão e sensibilidade dos outros, e aí podemos ajudar, divulgando-as, publicando-as, libertando-as aos outros.

3 comentários:

Anónimo disse...

A razao que te fez aperfeiçoar o teu poema é perfeitamente secundaria o que importa e ver q tens a capacidade de corrigres, de aperfeiçoares o q te pareçe susceptivel de ser mais perfeito, a capacidade de admitir novas perpectivas e formas de escrever o teu poema. Nao importa q o faças por questoes de apresentacao, de fonetica, de sintaxe... importa q independentmnt d q possa a vir a ser alterado o autor continuaras a ser tu.
Nao ha mal em aceitarmos sugestoes, alias e a partir de outras opinioes q sentimos o complemento da aprendizagem tal como eu aprendo sempr q vnh aqui.

bj

T. Geiroto Marcelino disse...

Sim, Dê, percebo o que qeres dizer. Mas a verdade é que eu tive alterar o poema, e não o queria mesmo. Alterei-o porque não podia estar incorrecto, na língua que tanto adoro e em que o escrevi; é uma questão de bom senso e lealdade.

Eu não alterei-o para aperfeiçoá-lo, até porque agora, para mim, está imperfeito. E nunca será o mesmo poema que com tanta intensidade primeiro criei...

Mas é bom aprender, mesmo que tenha qua abdicar um pouco.

bjo.

Anónimo disse...

Entao se assim foi penso q nao devias alterar, a criacao pode ser imperfeita na sua perfeicao, tb o Saramgo escrevia frases por virgulas e paragrafos por pontos. A contradiçao e um passo para a autenticiadde, nao devemos fazer qauilo q aos olhos dos outros parece mais correcto, eu percebo a tua stora ajudou te num dominio q ela conhece bem mas mesmo fora da lingua ele nao deixa de ser um poema, nao deixa de ser uma obra TUA, nao deixa de ser algo pessoal...
Talvez esteja errada, mas acredito q mesmo com incorrecoes eu nao deixei d gostra mais do outro d q deste...