segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Telhados de Coimbra

Coimbra, 24.Janeiro.2008
Digital
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Amanhã vou a Coimbra - reparei que volto a Coimbra e quase um ano depois.
Vou numa situção diferente. Até que ponto vou diferente? Até que ponto volto diferente.
Quero olhar Coimbra com outros olhos e, mais que tudo, registá-la com outras mãos.
Neste caderno já deixei cá duas outras fotografias de Coimbra (melhores que esta até) e também deixo a sugestão de outra publicação anterior.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Depois do estranho, o absurdo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Gertie


Então apoiava a prancheta no joelho direito, com a mão esquerda a segurá-la pelo bordo superior. Sem qualquer apoio, assentava então o lápis verticalmente na folha e começava a desenhar, de forma que as linhas lhe saíam do ombro, digamos. E tudo ficava ordenado. Se cometia um erro, o que era extremamente raro, deitava fora a folha: ignorava a borracha. Schiele só desenhava a partir da natureza. Eram, essencialmente, os contornos, que apenas adquiriam o seu carácter plástico quando recebiam a cor. Incluía sempre as cores de memória, sem modelo. Heinrich Benesch[1].
Gertie, a minha criação tridimensional sobre a pintura escolhida, teria de nascer da mesma forma que nasciam as criações espontâneas e expressivas de Schiele. Por isso mesmo escolhi esta citação de Benesch que nos descreve como Schiele desenhava, porque a partir dela também posso caracterizar a forma como criei.
(...)
De facto, o instrumento que mais utilizei, e o melhor que podia ter utilizado, foi precisamente a Expressão – expressão pura, espontânea, genuína, intuitiva, sentida.
[1] Citação transcrita de Schiele, de Reinhard Steiner (Taschen), traduzido.

sábado, 6 de dezembro de 2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Vão na corrente pendentes


2.Abril.2008
Digital
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Vão na corrente pendentes... - para quê dizer mais, se o título diz tudo?
Já a imagem, isso é outra coisa. O que tem a dizer, alguém o dirá.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O que ela escreveu um dia

"5 Setembro 2008 - 0H09
Então e os dias em que não escrevo? Onde é que estou? Onde é que fui? Onde é que isto vai parar?
Escreva ou não escreva.
Vivo, adormeço, mal sinto, absorvo, vejo, leio, não sou, sonho, penso, imagino, perco a razão, perco-me, não sei onde estou, estou no mesmo sítio, sempre, e depois acordo por breves instantes, e então? Sou influenciada. E então... Não sou nada.
Afinal não sou nada.
A minha fraca existência, para além da constatação da minha fraca composição corpórea, da minha carne putrífica, não é mais que um seguimento desmedido e incoerente de influências mal pensadas e que no entanto resultam em pensamentos constantes, sonho de alguém que nunca vou ser, porque eu nunca sou.
A minha fraca existência nem isso que pretende ser é.
Eu não sou nada. Talvez ninguém seja alguma coisa, (...) porque só o que está em frente é que as pode fazer serem, por isso quando chegam lá, são."

sábado, 25 de outubro de 2008


Sem qualquer palavra que possa importunar isto.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Versos em inglês

Sometimes I realy don't understand waht people say.
Sometimes, attention is something I don't pay.
But that is my own way (not a lack of faith)
To live in this world,
That is confused, dark and unprayed.

Ás vezes dou por mim a pensar em poesia em inglês e às vezes acabo por escrever qualquer coisa em pequenos papeis que depois espalho na minha gaveta da mesa de cabeceira. Creio que faça isso por uma vaga remeniscência do meu desejo de cantar, de fazer parte de um projecto de música e da afinidade que encontro em algumas letras de bandas que gosto.
Creio ainda que por vezes tenha mais a ver com o acontecimento que foi ler o meu primeiro livro de poesias bilingue (Fifthy poems, Ian Hamilton), que para além de me ter aberto a novas poesias, também me deixou intrigada, desde aí (e já lá vai algum tempo) até hoje mesmo: como é possivel fazer-se tradução de poesia? Não acredito que seja possível, por mais respeito que tenha pelos tradutores que o fazem de boa vontade.
Estes verso que hoje publico apareceram-me subitamente e eu tive de os anotar logo, para não os deixar fugir. Por isso, lá para as 6:32H am de um dia da semana que passou, sento-me na borda da minha cama, tiro um dos tais papéis da gaveta e escrevo isto, pensando apenas que não podia atrasar-me para ir para a faculdade, que é algo muito possível de acontecer.
Apenas uma observação: por mais que eu esteja a gostar de pensar poesia em inglês, não sei assim tanto dessa língua, e portanto se me vierem dizer que unprayed não existe, eu responderei então que seja unsaved.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Poema encenado

Fazes bem em não me dizer
Que sabor tem a mão que apertou.
Fazes bem em não me dizer
De que cor é uma vida parada.
Faço bem em não saber
O que aconteceu que nos afastou
Porque eu sei bem de cor
Que nós não sabemos nada.


E ela disse isto num esgar
De piedade por si e pelo que sentiu,
Com medo do que não resistiu.

Mas depois, segura do que estava
Em frente, sente e não mente
E seguiu. Largou o que carregava
E não fugiu: riscou o que outrora sentiu.

Num trejeito característico do pensar
As palavras bonitas que deseja,
Onde quer que ela esteja,
Escrevem-se num murmurar.

Afinal tudo isto se passou
Nos seus românticos pensamentos
Que em todos os momentos
São infelizes
Ou engenhosos.


24 Abril 2008.
Por acasião de ter recordado os meus poemas ontem e por uma outra ainda, mas que não interressa assim tanto. É um poema encenado que nada tem a ver com os que aqui ja publiquei, porque tal como lhe chamo encenado, fingi para o escrever. Só uma nota: os últimos dois versos são na verdade um só, um verso quebrado, mas a formatação do blog impede-me disso.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Tubos de ensaio textura (cascalho, arbusto e pedra)

7.Abril.2008
Digital
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No dia que penso ser mundial da Fotografia, eis uma fotografia minha que desafia esta disciplina à abstracção. Nunca acreditei muito no Abstraccionismo (em Pintura), até o estudar em várias formas em História de Arte e ficar apaixonada. Agora, ainda que seja fã, mas não propriamente uma criadora neste campo, diverti-me durante uns tempos a explorar a Fotografia até aos seus extremos, até se perder a sua noção e começar-se a pensar em verdadeira pintura digital, figurativa ou abstracta.
Quando fotografei estes tubos de ensaios fiz uma série de fotografias em que o interesse fossem as texturas, tanto na fotografia em si como objecto final como na experiência a que me submeti.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Um outro poema Sem Sentido [ou] Negligência de Quem Sabe

O bom de não ir ainda para casa
É estar aqui
Aqui a escrever (mas não vou me alongar muito nisto,isto).

A escrever simplesmente,
Ou simplesmente não.
Mas as escrever,
Como crescer, desenhar e criar.
Não, não, não (isto não).

O bom de não ir ainda para casa
É estar aqui
Aqui a gastar páginas.
Não, não, não - nada disso.

O bom,
O bom de estar aqui a escrever
E ainda não ir para casa é
Estar aqui.
Mas estar aqui realmente,
Verdadeiramente,
Surrealmente ou não,
Aqui.

Aqui a deixar? "A deixar o quê",
Perguntam vocês.
Aqui a deixar caminho, mal ou bem,
Percorrido. Se me perguntarem onde
Vou, não sei. Nem sei onde estou
Lá muito bem.
Mas sei que estou aqui,
De alguma forma, aqui.

Aqui, até que as minhas letras
Sempre desenhadas se transformem
Em escrita árabe, ou até onde a minha ignorância vai.

Estou a divagar.
E estou a perder-me do aqui.

Aqui, aqui, aqui, aqui.
O que é aqui?
O que faço aqui?
Porquê perguntar? Se estou a perguntar...

Aqui
(Como é que tudo isto começava?)
O bom de ainda não ter ido para casa
É não estar em casa a matar-me
Lentamente, deliberadamente,
Homícidio premeditado, suícidio premeditado,
Negligência de quem sabe.

O bom de estar aqui
E ainda não ter ido para casa,
Posso até nunca vir a saber,
Porque não saio do mesmo sítio,
Mas ainda assim,
O bom de estar aqui
É estar, de facto, aqui
A fazer esta pergunta

[que talvez um dia nunca fizesse]
Escrito ainda quando a poesia era diferente para mim,
a 3 de Fevereiro de 2008.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Desenho

Quem desenha ou quem lida com desenhos consegue identificar o autor de um desenho pelo traço. É engraçado até ver que, por mais que se diversifique nos temas, nas técnicas, nas composições..., há pessoas que têm um estilo, um traço muito próprio do qual não consegue (ou não quer) fugir. Na verdade, acredito que é algo muito interior, uma característica inata ao desenhador e portanto não escolhe fugir ou não ao traço.
O meu traço é muito provavelmente característico de mim, mas não o sei com toda a certeza porque não tenho distanciamento suficiente para saber isso.
Mas do que consigo perceber do meu Desenho, sei que tenho uma tendência irrevogável para o esboço. E se isso pudesse ser bom, e foi, para algumas situações pedidas, ou até para uma certa fase de desenvolvimento da técnica, vejo agora que parece que não saí desse patamar. E isso não é bom em situação alguma.
De qualquer forma, se vir isto como uma oportunidade, então será, é a oportunidade que eu tenho de perceber o meu Desenho numa perspectiva holística e que dá-me outra oportunidade, a de partir daí para uma nova fase de desenvolvimento. E isso é muito bom, se for bem aproveitado.
A verdade é que não tenho desenhado ultimamente, a verdade é que ando perdida e angustiada com o sentido das coisas, uma questão que não me saí da cabeça, em todos os seus sentidos, em todas as suas possibilidades, até na imagem da sua simples expressão "o sentido das coisas". Então, agarro-me com força, assim espero, ao que percebi - é uma relação teórica com o Desenho que um verdadeiro desenhador não lhe daria muita importância. Agarro-me à verdade (?) de que deverei evoluir para um desenho mais limpo, mais linear, definido, um desenho que parte do entendimento das formas. Deve ser isso que quererá dizer Desenho - e só o percebi passado tanto tempo...
Para ilustrar isto, ou então, verdadeiramente, para acompanhar isto, aqui deixo alguns desenhos do meu último Diário Gráfico acabado. Representarão uma fase anterior do sentido das coisas? Representarão o imediatamente anterior a um novo Desenho?



quarta-feira, 25 de junho de 2008

Esperança I, de Gustav Klimt

Nada me liga a nada.
Fico apenas com estas cores
e com este olhar
como última inspiração -
inspiração de respiração,
porque nem a inspiração criativa
me aparece.

Esta imagem
sabe bem. Cheguei a casa.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A Arte e a Publicidade

Não tenho o hábito de fazer isto, pelo menos não neste blog: publicar imagem que me mandam por e-mail. Mas estas são de facto muito boas, e este caderno não é feito de hábitos.





quarta-feira, 16 de abril de 2008

interregno.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Enfim, tracei

De voltas as traças, mas não com a mesma intensidade porque parece que com o poema da traça encerrei uma relação obsessiva, mas precisamente pelo poema Eu sou uma traça, que por razões (fortes e) de rigor tive de alterá-lo. O poema pode ser lido na sua versão corrigida neste mesmo Caderno, na publicação que já tinha sido feita.
Foi bastante difícil para mim alterar uma criação já acabada, porque tenho outros poemas, por exemplo, que ainda estão em processo, que ainda estão inacabados e eu sei disso, admiti-o e senti-o. Mas este poema, já o sentia acabado... E é por isso mesmo que não altero o Longa e Pronfunda Golfada, poema que juntamente com o da traça e outro que não publiquei aqui, mostrei à minha professora de Português para uma opinião diferente e talvez mais rigorosa. Então, a professora Armanda sugeriu que alterasse um verso no Longa e Profunda Golfada, verso esse que é um pouco longo demais e não é muito fácil foneticamente.
Tudo isto já se passou há alguns dias, mas hoje enfim decidi-me definitivamente como alteraria o Eu sou uma traça. E então achei que o melhor que tinha a fazer, depois de alterá-lo em todos os sítios onde o tinha escrito, era deixar uma nota de aviso, para que não hajam dúvidas.
E tudo isto, tal como a conversa que tinha tido com a professora enquanto analisávamos os poemas juntas, fez-me pensar no processo de criação e na relação que acabámos por ter com as nossas criações e a importância e sentido que lhes damos. Depois de acabadas, já não podemos fazernada por elas, veivem por si próprias, terão espaço para crescerem e voarem sózinhas, às mãos, olhos, compreensão, razão e sensibilidade dos outros, e aí podemos ajudar, divulgando-as, publicando-as, libertando-as aos outros.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Mulher azul

2.Abril.2008
Digital
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Mulher azul é mais uma fotografia em que a cor ganha muita importância, por ser, o azul dominante, profundo e por entrar em contraste com o fundo preto. Mais uma vez, é como se fosse uma pintura.
O nome da fotografia não tem nada a ver com sexismos; tem sim a ver com uma pergunta que a Dê provocou em mim, sem querer, e que se perdeu nos meus pensamentos: será que sou azul? Sempre pensei que era verde, mas foi surpreendente o que a Dê me disse num comentário à última fotografia publicada, Orquídeas azuis (no limiar do real) I. E também acabei por perceber que inexplicavelmente o azul tem me atraído nas fotografias que tenho feito.
Enfim, resta-me dizer que esta fotografia foi tirada num sítio que gosto muito mesmo, a Câmara Escura da minha escola.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Orquídeas azuis (no limiar do real) I


30.Março.2008
Digital
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Para já, quero só explicar que não registei o local onde a fotografia foi tirada, como habitualmente faço, porque neste caso não é relevante, como com as fotografias de interior, quase fotografias de estúdio improvisado.
Esta fotografia em particular representa também dois interesses que de repente despontaram em mim. A fotografia abstracta, e isto é quase doloroso para mim, escrever se quer a palavra "abstracta", que se tem revelado num par de fotografias que fiz e que primam pelo contraste, pela sua presença marcante. O outro interesse é a expressividade da cor na fotografia, quase como se fosse uma pintura. E creio que isto, cada vez mais, significa para mim na Fotografia digital, seja qual for o modelo ou a intenção: já que a manipulação é muito importante para este tipo de fotografia, então a expressão que devo lhe dar é quase a de uma pintura.
Poderia então falar muito mais sobre estes dois interesses, e talvez um pouco mais sobre a fotografia, mas já estou a alongar-me demais...
Apenas, apreciem.

sábado, 29 de março de 2008

Duas Coimbras

Coimbra Amarela
Coimbra 24.Janeiro.2008
Digital
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Coimbra I

Coimbra I

Digital

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De facto, parecem duas Coimbras diferentes, ou pelo menos, em dois momentos diferentes. Mas não.

As duas fotografias foram tiradas no mesmo sítio, creio que uma varanda da Universidade de Coimbra, num dos edíficios. É provável, na verdade tenho muita certeza, que tenham cada fotografia tenha sida tirada em lados diferentes da mesma varanda, muito embora no mesmo momento, na mesma altura. Daí a diferença nos tons, nas cores, que acentuei ainda mais quando as manipulei.

Há uma história engraçada à volta desta varanda, e que aconteceu comigo, e também há outras histórias que poderiam ser contadas deste dia, umas mais tristes, outras nem sei. Mas o que me fez publicar estas duas fotografias não foi nenhuma dessas histórias, e apesar de tê-las encontrado perdidas no meu computador há pouco tempo e estas destacarem-se de outras mais que tirei no mesmo dia ser relevante, creio que o que realmente fez com que eu as publicasse aqui foi por ter pensado na Mary.

quinta-feira, 27 de março de 2008

O nosso Primeiro Projecto, meu e da Dê


Entrada I

Ali à sua frente encontravam-se três degraus cobertos de musgo fresco cingidos a uma pequena porta de madeira. Sem saber o que se encontrava por detrás da portela João inspirou antes de prosseguir.

excerto extraído do texto no Desperdício de coisa nenhuma.
Mais uma vez esta fotografia. Mas desta vez por outra razão, uma razão especial, uma razão que não é só minha.

No blog Desperdício de coisa nenhuma está publicado uma estória da autoria da menuna Dê e que teve como inspiração esta mesma fotografia.

Agora que está cumprido este nosso primeiro projecto, das duas, resta só que seja apreciado e resta também o espaço para mais duas novas criações, uma minha outra dela, um desenho e mais uma estória.

E para falar a verdade, apesar de estar envolvida nisto o mais que se podia estar, estando assim eu e a Dê, fiquei bastante surpreendida com o resultado. É de facto um escrito surreal.
Para aguçar:

João caminhava por entre os prados verdes da terra nortenha onde nascera. Conhecia os trilhos e as matas como ninguém mas naquela tarde tudo parecia estranhamente diferente. O dia estavacinzento o que não era de admirar, mas a névoa envolta nas árvores cheirava a mistério, a algooculto e secreto. João sabia que estes pensamentos incomuns eram fruto da sua imaginação e aliás soavam a tolice, nunca acreditara nessas coisas e nem sequer se prendia a aventuras tolas como as dos livros, aliás a sua vida decerto daria um livro mas sem pinta de ficção.

O abraço


Fontelo 18.Março.2008
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Mais uma fotografia tirada na minha pequena estadia em Fontelo. Já não é a primeira vez que tiro uma fotografia a estes dois meninos abraçados...
A esta fotografia há mais duas que se relacionam, porque estava a tentar fotografar da melhor maneira possível... E esta em particular, que foi a primeira, não foi a que mais gostei na altura, por estar muito escura e ver-se muito pouco deles os dois. Mas depois quando a manipulei no computador e passei a P&B, revelou-se ser de facto a melhor das três. O céu ficou muito bem...

segunda-feira, 24 de março de 2008

Desenhos de hoje [ou Estudos para um projecto]


Quis começar a minha parte de um projecto que estou a desenvolver com a menina do Desperdício de coisa nenhuma. Mas então não resisti em mostrar o que fiz e isto aliado à lacuna da presença de desenhos neste blog, pareceu-me bem publicá-los. Não é nada de especial, na verdade, são pequenos esboços... Nem fiz muitos. E são baseados em cenas do filme Orgulho & Preconceito, de Joe Wright.

sexta-feira, 21 de março de 2008

O resultado de alguns dias em Fontelo (Armamar, Lamego)

Numa espécie de viagem de finalistas, fui com alguns colegas à terra de uma das minhas colegas. Fontelo, que fica em Armamar, que por sua vez fica em Lamego, é uma pequena vila que serviu de inspiração e modelo a algumas fotografias, três das quais apresento aqui.
Não sei se estas são as que mais gosto, mas pelo menos dizem-me alguma coisa...
O descanso do crânio


Fontelo, 18.Março.2008
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Não há muito a contar desta fotografia em particular, talvez, apenas, que enquanto caminhavamos pelo monte eu encontrei este crânio e quis lhe tirar uma fotografia, não podia deixar passar esse momento em branco, nem sei porquê. Depois de tirar a fotografia procurei uma pedra bonita, com uma vista bonita, a mais bonita possível, e deixei-o lá, para que tivesse um melhor descanso.

Entrada I

Fontelo, 19.Março.2008

Digital

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Num outro passeio, num outro dia, andámos pelas hortas. Andámos e andámos, sem parar e sem saber para onde ir, até que parámos e eu pedi para voltarmos a um sítio de que tinha gostado. E no caminho de volta encontrei esta entrada que me inspirou e que inspirou, ou motivou, ou é uma simples coincidência, mais fotografias a entradas das hortas. Mas esta é especial e especialmente bonita.

Sem título [ou Maria Luz]

Fontelo, 18. Março.2008
Digital
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Quando tirei esta fotografia, e foi das primeiras que lá tirei, gostei mesmo dela. Tem uma particulariedade que me faz gostar dela e de todas as outras fotografias que tenha tirado, em qualquer sítio e em qualquer altura, e que nelas se repete. E isto pode ser melhor percebido se se vir A Luz do Som da Pedra.
Além disto, esta fotografia é especial, e talvez mais por isto, porque agora talvez não goste tanto assim dela, porque esta Maria, a que chamávamos de Santa, não me foi indiferente logo quando a vi.

Dia mundial da Poesia

Hoje é o dia mundial da Poesia.

sexta-feira, 14 de março de 2008

O FEMINISMO ESTÁ A PASSAR AQUI


Bairro Alto, 11.Maio.2007
Digital
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E um pouco de fotografia? Sim,agora sim.
Esta já tirei há algum tempo e fez parte de uma série que se chama "Estranho" e que esteve em exposição na minha escola. Faz parte de um momento importante na minha experiênicia (artística), porque tirei-a e soube tirá-la com os ensinamentos de uma pessoa de quem gosto muito e junto de pessoas também muito boas, muito bons aspirantes a artistas com os quais tinha e tenho esta paixão em comum: a Fotografia.
Esta fotografia mostra bem a minha tendência para acentuar marcadamente o contraste, nas fotografias digitais.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Eu sou uma traça

Se tentar expressar
O que por uma traça sinto
É um medo e vício que não minto.
É um arrepio de horror
E uma atracção de sabor esquisito.

E então sou uma traça,
Nem sei o que faça, nem sei
Porque o repito.
Mas sou uma traça
Que esconde e disfarça...
Já nem sei o que de mim dei,
Já nem sei o que sei,
Já me perdi e já voei.

Então, este é o poema que comecei ontem e que vou por na minha serigrafia. Está um pedacito diferente do que tinha escrito ontem, aqui, mas também tinha dito que ainda estava a trabalhar nele. Não sei se gosto muito do resultado, não sei se me dou por satisfeita. Sei que está bonito, mas não sei qe era essa a minha intenção. Afinal, as traças também não são bonitas.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Poesia e Poética.

Poesia
E poética.

Hoje a poesia esteve em mim,
Como já esteve,
Como está sempre.
Mas hoje exteriorizou-se em poética.

Vi poemas,
Que têm de ser vistos (e não lidos)
E escrevi enquanto caminhava às escuras,
Ouvindo música.
E agora percebi a utilidade dos dedos
Nas mãos que anotam:
Tenho um espaço especial para frases compridas,
Que se não cabem na minha memória,
Cabem na minha mão.

E então escrevi,
Escrevi poética e poesia.
Um começo de um poema para uma serigrafia?
Traça,
É o que tenho a dizer.


Se tentar expressar o que por uma traça sinto,
É um medo e vício que não minto.
É um arrepio de horror
E uma atracção de sabor esquesito.

...

Por isso sou uma traça,
Por mais que disfarça.

É estranho estar a publicar um criação em desenvolvimento, um working poem como eu diria, mas sinto que devo registá-lo aqui. Talvez porque nunca venha a sair da ideia, ou até mesmo do projecto de serigrafia... e não ganhe vida própria. Hoje também dei mais a conhecar a minha poética e a minha poesia, a pessoas a quem pensei que muito dificilmente o faria. E também já dei a conhcer este Caderno e deixei de o esconder.

segunda-feira, 10 de março de 2008

sábado, 8 de março de 2008

Sem a loucura que é o homem?

Louco, sim, louco porque quis grandeza
Qual a sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou o meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Fernando Pessoa
("D. Sebastião, Rei de Portugal", Mensagem)

segunda-feira, 3 de março de 2008

FINALMENTE encontrei os PAULITEIROS

Pauliteiros I


Festa do Avante, 8.Setembro.2007

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Pauliteiros II

Festa do Avante, 8.Setembro.2007
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Estes meninos foram sem dúvida o melhor que se viu na Festa do Avante desse ano. Gostei tanto que os vi as duas vezes que atuaram, de dia e de noite.

Da vez que tirei estas duas fotografias, de dia, ainda dancei um pouco com uma amiga minha, enquanto eles descançavam mas ainda estava lá o rapaz da gaita-de-foles a tocar. Também aprendi umas palavrinas em mirandês, que ainda sei dizer, mas como não sei escrevê-las não posso registar aqui. No fim da actuação da noite, ainda fomos falar com um dos pauliteiros e ele deu-nos o endereço do blog, mas não devemos ter percebido bem, porque não estava certo.

Mas hoje, finalmete encontrei os Pauliteiros de Miranda na blogosfera! Também, não foi assim tão díficil, encontrei logo pelo Google, nem sei como não tinha conseguido encontrá-los no fim do verão, depois do Avante.

domingo, 2 de março de 2008

Nave Central II - Nas Sombras

Mosteiro de Alcobaça, 27.Fevereiro.2007
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Como é perceptível pelo nome da fotografia, esta não é a primeira: é uma das maravilhas da Fotografia digital (não que não se possa fazê-lo sendo analógica), podemos fazer as cópias que quisermos, tantas quantas as versões que temos em mente. A primeira versão desta fotografia é bem mais clara, mas eu gosto mais desta é especial, é expressiva. Gosto muito de contrastes e creio que assim acentua a monumentalidade da Igreja.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Diários (gráficos)

Qualquer diário, gráfico ou não (se bem que para mim são sempre gráficos, porque escrever também é desenhar), consegue espelhar o nosso crescimento, as nossas vivências. O que desenhamos ou escrevemos num dia e o achamos maravilhoso, não será preciso muito tempo para afinal não o acharmos assim tão especial...

Pelo menos isso tem-me acontencido, sobretudo com os desenhos. Por exemplo, as fotografias que aqui apresento são dos últimos desenhos que fiz para o meu Diário Gráfico de OFA, cujo tema actual é o corpo humano-pés. E neste momento adoro-os, gosto mesmo muito do que fiz. Mas depois penso que também adorei tantos outros desenhos que agora quase tenho vergonha de mostrar, porque... sei lá porquê, porque já só consigo ver as falhas e já faço melhor que isso? Talvez.

Talvez, seja por isso que os Diários são supostos de serem muito pessoais e muitas pessoas (arrisco, as mais experientes) não gostam de mostrá-los. Creio que é preciso ter coragem para não mostrar certas coisas, porque tem-se sempre medo de nunca serem vistas e de nunca serem adoradas, nem que seja até à próxima criação, por mais ninguém.

Outra coisa que aprendi, ontem com os meus pensamentos enquanto desenhava pés, é que por mais que tentemos fugir do que somos, do desenho que somos, é impossível e não vai correr bem, nem sequer se vai parecer com um desenho. Mas se aceitarmos aquilo que somos, conseguimos ser um desenho ainda melhor e descobrimos mais de nós prórprios, e definimo-nos mais... E assim, passado pouco tempo, até ao próximo desenho que seremos, já não vamos achar assim tão especial o desenho que eramos, perante o desenho novo que somos.
Eu descobri isto porque no meio de tantas inspirações (e inveja) que encontrei por tantos sítios, fizeram-me quere desenhar aquilo que eu não desenho, fizeram-me querer ser uma coisa só por ser, não por ser eu... Depois das tentaivas falhadas é que percebi que podia ser melhor sendo eu. Sendo o desenho que sou, apesar de o ter desenvolvido...
Enfim, não serei uma ilustradora declarada, mas já ilustrei um conto e gostei do que fiz e da mesma maneira que o fiz sempre posso ilustrar outras coisas com os meus desenhos pouco cartoonistas, mais realistas com o seu toque "estranho", como tudo o que eu gosto.
Este também é um Diário Gráfico, é um Caderno gráfico, um caderno... Como ele já tive tanto, mesmo sem o saber, e outros com a mais perfeita noção e responsabilidade pesada; foram cadernos de papel, de linhas e lisos, onde colasse também outros papéis, blogs... E por este universo de cadernos cibernéticos há tantos que adoro e tantos para descobrir e adorar. Hoje, dou sou uma sugestão: diariografico.com, vão lá e vejam com especial atenção o espaço dos 22 viajantes.
NOTA: hoje fotografei e estive na minha adorada Câmara Escura, não é bonito?

sábado, 23 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Longa e Profunda Golfada

Cachimbo na boca,
Era o que eu queria.
Chapéu de coco de uma louca,
Era o que eu queria e seria.

Danças sem sentido,
Onomatopeias tresloucadas,
Palavras ditas num dito, deixadas de serem disfarçadas.

Escritos, escritos e mais
Escritos. Desenhos, estudos e esquiços.
Mente bem fumada
(Longa e profunda golfada) para depois ser expirada.

E a inspiração? Existe? não existe?
Para quê saber o que me pediste,
Se a ti mim própria vou chamar fingida,
Muito depois até da última bebida bebida.


poema originalmente escrito a 3 de Fevereiro de 2008, à noite.
Este poema pouco tem haver com os que costumo escrever, porque não sei rimar e são todos de resto versos que não rimam. Mas aqui tentei, porque era mesmo essa a intenção (como os outros não tem a intenção de rimar). O sentimento, esse é igual ao dos os outros e talvez seja por isso que gosto deste e foi o que escolhi para publicar, em representação dos poemas que assumo que escrevo e dos tantos que ontem escrevi todos de inchada.